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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Recorde mundial de ficar acordado



No ano de 1950 Peter Tripp quis bater o recorde mundial de ficar acordado. Ele apanhava ar 3 horas por dia e o resto do tempo as enfermeiras mantinham-no acordado com abanões quando ele começava a fechar os olhos. Os médicos e cientistas que o estavam a estudar iam fazendo jogos com ele, faziam-lhe perguntas continuamente e faziam tudo o que conseguiam para captar a atenção dele.

Peter Tripp conseguiu a proeza de ficar acordado durante oito dias. Durante este tempo, Tripp mostrou sinais de delírio. Uma vez, Tripp viu Tweed, o médico que o examinava, como se fosse vermes peludos. Para ele, a enfermeira parecia que se estava a babar. E de repente, vê a gravata de um cientista aos pulos. Apenas um par de dias depois de começar o seu desafio, Tripp via teias de aranha, gatos e ratos que não estavam lá. Vasculhava gavetas a procura de dinheiro que nunca lá esteve. Também acusou um técnico de ele ter deixado um eléctrodo quente no seu sapato. Isto são claramente alucinações.

Ao fim de 124 horas acordado, Peter Tripp, abriu inesperadamente os gavetas da mesa e saiu em pânico e a pedir socorro. Para ele o móvel estava em chamas. Depois de 150 horas sem dormir, Tripp perdera completamente a identidade e nem se quer sabia onde estava.

Ao todo conseguiu ficar acordado durante 201 horas até desmaiar, o que equivale a mais de oito dias.

Uma vez encerrada a experiência, foram necessárias treze horas ininterruptas de sono para que Tripp voltasse ao normal e quando despertou, entrou numa crise depressiva que se prolongou por três meses. (Stephen Weistling, 2002).

in http://www.imagick.org.br/apres/ArtigoTextos/OrganismoMagicko/sono.html, http://www.suite101.com/article.cfm/coping_with_shiftwork/96742 (adapatado)

quinta-feira, 18 de março de 2010

Falta de sono desliga centros do cérebro que controlam emoções

       Foi provado que a falta de sono conduz a um comportamento emocionalmente irracional e "desliga" a região do lóbulo pré-frontal (mantém as emoções sob controlo), provocando nos centros emocionais do cérebro uma reacção exagerada a experiências negativas.
Posto isto, alguns problemas psiquiátricos podem ser justificados com estas interrupções do sono, uma vez que a privação de sono quebra os mecanismos do cérebro que regulam os pontos-chave da nossa saúde mental. Prejudica também um enorme conjunto de funções corporais, incluindo o sistema imunitário e de metabolismo e os processos cerebrais de aprendizagem e memória. 
      Sem sono, o cérebro reverte até a um mais primitivo padrão de actividade, tornando-se incapaz de contextualizar experiências emocionais e produzir respostas apropriadas e controladas, acrescentam os investigadores.

Dia Mundial do Sono

Um vez que se avizinha o Dia Mundial do Sono: dia 19 de Março, deixamos alguns alertas à população portuguesa.

A sociedade portuguesa tropeça constantemente em inúmeros maus hábitos de vida que podem conduzir a distúrbios no sono. Podemos evitar esses problemas através de simples comportamentos, como ter uma hora de levantar e deitar regular, fazer exercício físico diariamente e evitar o abuso de estupefacientes. A comunidade não está alertada para os inconvenientes que os distúrbios do sono podem trazer para o nosso dia-a-dia.

O stress e os problemas no trabalho são os principais culpados pelas noites mal passadas dos portugueses, segundo um inquérito a 3600 portugueses, publicado na TESTE SAÚDE n.º 51. Resultado: excesso de sonolência durante o dia, menos saúde física e psicológica, e menos segurança em casa, no trabalho e ao volante.
 

Para uma boa qualidade de vida, saúde física e mental, e menos sonolência durante o dia, deve dormir-se, na vida adulta, entre 7 e 8 horas.
Saiba quais os seus níveis de sonolência diurna, se deve ir ao médico e quais os exames e soluções para melhorar a sua qualidade do sono.

Mudar alguns hábitos pode ser suficiente para repor o sono.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Caros leitores

Boa Noite leitores,

Como têm dormido? Esperemos que bem. Nós por aqui temos tentado dormir o máximo que podemos.
Vimos informar-vos como tem corrido o nosso projecto. Já demos inicio á distribuição dos inquéritos para as respectivas escolas e aguardamos agora o seu retorno. Iniciámos também a elaboração do trabalho final do projecto.

Cumprimentos e durmam bem,
Joana Cid
Joao Santos
Margarida Afonso

quinta-feira, 4 de março de 2010

Fisiologia do sono

O sono é um estado que é activamente gerado por regiões específicas do cérebro. O objectivo final do sono é aumentar de forma notável a frequência de descargas dos neurónios, que são maiores do que as observadas em vigília tranquila.


No decorrer de uma noite de sono, os sistemas e funções fisiológicas sofrem alterações. A cada momento do sono (REM e NREM) as respostas do organismo serão diferentes:

• Funções Cardiovasculares: a pressão arterial diminui durante o sono chegando a seu mínimo no sono NREM. Durante o sono pesado a pressão arterial sofre variações de até 40 mmHg, sendo que quando o indivíduo acorda o valor da pressão volta aos níveis normais. A frequência cardíaca também diminui nesta fase de sono.

• Funções Endócrinas: a conexão hipotálamo-hipófise é responsável pela união entre processos endócrinos e o sono, uma vez que a secreção de muitas hormonas obedece ao ciclo sono-vigília e pode ocorrer em momentos específicos do sono.

Vejamos alguns exemplos:

A. Hormonas secretadas em momentos específicos do sono:

A hormona de crescimento (GH) é secretada principalmente no estágio 4 do sono NREM. Exercícios físicos podem estimular a secreção de GH diminuída por problemas neste período.

B. Hormonas influenciadas pelo sono como um todo:

A prolactina é secretada em grande quantidade tanto no sono nocturno quanto no sono diurno. O LH reduz sua secreção durante o sono REM.

C. A testosterona é uma hormona que não é influenciada pelo sono.

• Mudanças Respiratórias: o ritmo respiratório irá variar durante o sono NREM no estágio 2. Nos estágios 3 e 4 a ventilação é regular. Durante o sono REM a respiração torna-se mais rápida e irregular gerando os surtos apnéicos e hipoventilação. A apnéia em recém nascidos pode causar a morte súbita.

• Funções Sexuais: durante o sono ocorrem erecções tanto na mulher (clitoridiana) como no homem (peniana). Estes fenómenos são observados durante o sono REM.

• Temperatura Corporal: No sono NREM estão presentes regulações automáticas da temperatura, no sono REM tanto o sistema hipotalâmico quanto o cortical estão inactivados e isto faz com que a temperatura corporal nos últimos estágios do sono seja baixa.



Fases do Sono

O sono é dividido em duas categorias: sono REM ("Rapid Eye Movements") e sono não REM ("Non-Rapid Eye Movements") e este é classificado em 4 fases.

Durante o período de sono, normalmente ocorrem de 4 a 6 ciclos bifásicos com duração de 90 a 100 minutos cada, sendo cada um dos ciclos composto pelas fases de NREM, com duração de 45 a 85 minutos, e pela fase de sono REM, que dura de 5 a 45 minutos.



São três os parâmetros fisiológicos básicos utilizados para definir os estágios do sono: o eletrencefalograma (EEG), o eletroculograma (EOG) e o eletromiograma (EMG).

• Vigília ou estágio 0: o registo eletrencefalográfico caracteriza-se por ondas rápidas, de baixa amplitude que indicam o alto grau de actividade dos neurónios corticais. Também fazem parte desse estágio, movimentos oculares aleatórios e um acentuado tónus muscular. Após 5 a 15 minutos no leito, o indivíduo alcança o primeiro estágio do sono. O período de tempo entre o acto de deitar-se e o de adormecer denomina-se latência de sono.

• Estágio 1: é a transição entre o estado de vigília e o sono, quando a melatonina (que tem como principal função regular o sono; ou seja, num ambiente escuro e calmo, os níveis de melatonina do organismo aumentam, causando o sono) é liberada, induzindo-o. Corresponde a 2-5% do tempo total deste. O traçado do eletromiograma apresenta redução do tónus muscular.

• Estágio 2: corresponde a 45-55% do sono total de sono. Ocorre a sincronização da actividade eléctrica cerebral, que reflecte a redução do grau de actividade dos neurónios corticais. Com isto, diminuem os ritmos cardíaco e respiratório, (sono leve) relaxam-se os músculos e cai a temperatura corporal.

• Estágio 3: comummente está combinado com o estágio 4. Os movimentos oculares são raros e o tónus muscular diminui progressivamente. Corresponde a 3-8% do sono total.

• Estágio 4: corresponde a 10-15% do sono total. As ondas delta correspondem a mais de 50% da época, podendo até dominá-la completamente. Ocorre pico de liberação do GH (hormona de crescimento); o cortisol começa (sono profundo) a ser liberado até atingir seu pico, no início da manhã.

• Sono REM: o EEG apresenta ondas de baixa amplitude e frequência mista que se assemelham às encontradas no estágio 1. É neste período que ocorre a maioria dos sonhos e corresponde a 20-25% do sono total.

in http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab2003/g3/fisiologia.html (adaptado)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

João Pestana! A importância do Sono.

Após uma ausência forçada, por factores externos sobre os quais não temos controlo, estamos de volta!

Apresentamos uma pequena apreciação que fizemos sobre a importância do sono:

Dormir é muito importante para a saúde, tal como comer e beber, este interfere no bem-estar físico e psicológico. O sono ajuda a recuperar forças, rejuvenesce células, fortalece as nossas defesas (o sistema imunológico) e como é óbvio aumenta a nossa boa disposição. Para quem é mais preocupado com a linha o sono é ainda uma grande ajuda no controlo da fome.

Há variados problemas para as noites mal dormidas, entre a falta de informação relativamente à importância do sono ou mesmo as pessoas que não conseguem dormir, seja devido a ruídos, stress, etc. Por vezes, esta falta de sono, deve-se a certos hábitos de vida que aparentemente não têm ligação com este tipo de problemas, como o beber café ou o consumo de álcool.

Para conseguir ultrapassar estas dificuldades em dormir, devemos primeiro identificar qual a origem delas, para que não tenha que se recorrer à medicação, ou seja, para evitar-mos estes “maus” hábitos e substituí-los por bons hábitos como a prática de exercício físico, uma correcta alimentação (a maior parte dos alimentos que ingerimos são acidificantes do sangue e provocam irritação no cérebro, que pode levar a insónias), evitar dormir a sesta, etc. Em casos extremos, a falta de sono leva à fadiga, irritabilidade, dores de cabeça, etc.

Algo usual é quando não se consegue adormecer criar sentimentos de ansiedade que só dificultam ainda mais a “tarefa de adormecer”. Cada pessoa tem um sono muito variável e este altera-se com a idade.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Bem-Vindos ao Mundo do Sono

Somos alunos da Escola Secundária Nuno Álvares da cidade de Castelo Branco e frequentamos o 12.º ano na turma C. Criámos este blog no âmbito da disciplina de Área de Projecto a fim da divulgação do nosso trabalho - O Sono e os distúrbios do sono, estudo da quantidade e qualidade do sono em jovens de várias faixas etárias (5º, 12º e veteranos) e as consequências que a falta de sono pode trazer.
É do conhecimento geral que o sono é fundamental ao ser humano, no entanto poucas pessoas têm realmente consciência da sua importância na adolescência, período em que o cérebro se encontra em desenvolvimento.

Neste blog poderão encontrar informação variada sobre a biologia do sono, as diferentes fases que o constituem, experiências relativas ao modo de funcionamento do sono.
Realizaremos inquéritos à comunidade escolar de Castelo Branco sobre os hábitos de sono, vídeos informativos e divulgaremos a informação considerada mais relevante.

Durmam bem!